Fui confidente das teias de tristeza e infidelidade, que com doçura a jovem senhora descrevia entre nomes, alquimias e logradouros.
Era uma mãe traçando planos, marchando passos mortíferos um tanto mais a cada gota.
Eu, mero simbolismo poético de efeito, sem etiqueta ou sem preço, revelei, sem querer, a face da vaidade que a mulher negava na dor que era.
Ora, claro! Não suportaria mais que meia dúzia de pós-fantasia.
A dona recolheu o salto de cristal e corrigiu as olheiras de alegria. Bastou voltar os olhos para o espelho, para entrar em transe. Elegeu por conta própria o clichê. Voltou rainha em seu castelo mal assombrado...
(Barbara-Ella
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