Da parte mais alta do meu silêncio
Brota o reflexo da lucidez, em caule
Clareia a palavr'aquarelada em púrpura
E subo aos ares, frondosa e lúdica
Aos pés dos grãos envidraçados de areia
Parte do eu, salva, flutua em espirais
Minha boca maciça desse lado, bradando
A secreta fome dos ancestrais
Sedento e veloz, logo entende o vento
A hipotenusa do meu caminho no tempo
Com ternura, me suspende no céu e me abraça
Revivendo eus humanos no lugar dos fantasmas
Agora há vida e palavras
(Barbara-Ella
Imagem: Claudia Paes Leme
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